Relato de Parto Aline | Nascimento Augusto

O Nascimento do Augusto — Um Parto Cheio de Surpresas, Amor e Fé

06/06/2025

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Sempre ouvi que nosso corpo sabe exatamente quando é a hora. A natureza é tão sábia que, antes mesmo de entendermos racionalmente, ela já começa a nos preparar para esse momento tão especial: o trabalho de parto.

No dia 16 de abril, entrei nas 38 semanas de gestação. A manhã começou como qualquer outra: consulta de pré-natal no postinho, acompanhada de uma amiga. Na consulta, o médico me tranquilizou sobre algo que vinha me preocupando — o percentil baixo nas últimas ultrassonografias. Já estava conversando com a equipe da 9 Luas, que me acolheu com tanto carinho, e elas me orientaram a manter a calma, repetir o exame e, caso necessário, pensar em alternativas naturais, como a acupuntura, para ajudar na indução e no amadurecimento do colo.

Confesso que meu coração não aceitava muito bem a ideia de induzir. Eu desejava profundamente viver o parto de forma natural, permitir que meu corpo fizesse seu trabalho no tempo certo, do jeitinho que a natureza planejou.

Mas o universo, como sempre, tinha seus próprios planos.

Depois da consulta, fizemos coisas simples do dia a dia: caminhamos até o mercado, voltei para casa, ajeitei alguns detalhes e, no final da tarde, ainda me peguei escolhendo músicas para a playlist do parto, acreditando que teria tempo de sobra para isso. Fiz alongamentos, exercícios de mobilidade… Tudo parecia em perfeita ordem.

Até que, perto da meia-noite, algo diferente aconteceu. Aquele “xixi” sem controle não parecia só xixi. E quando percebi um pouco de sangue, meu coração disparou. Nenhum vídeo, nenhum curso tinha me preparado para ver sangue nesse momento. E foi aí que entendi: meu trabalho de parto estava começando.

As contrações chegaram rápidas, fortes e intensas. Mais do que eu imaginava que seriam nos pródromos. Fui para o banho, sentei na bola de pilates, tentei focar na respiração, nos aprendizados da fisioterapia pélvica e da ioga, mas, na prática, parecia que tudo fugia da minha mente a cada onda de dor.

Quando a Quel, da 9 Luas, chegou, confirmou o que eu nem ousava imaginar: dilatação total. Augusto já estava a caminho. Ela olhou para nós e, com toda a calma do mundo, disse para nos apressarmos para ir à maternidade — e sugeriu levar toalhas e sacos de lixo, caso ele resolvesse nascer no caminho. Achamos que era só protocolo. Mal sabíamos o que estava por vir.

Na porta de casa, enquanto tentava entrar no carro, uma contração avassaladora me parou. Senti… O círculo de fogo. Segurei na porta, fiz força e… Augusto nasceu. Às 04h02 da manhã, antes mesmo de conseguirmos entrar no carro.

Ali, no portão da nossa casa, ouvimos seu choro forte e potente — o som mais lindo que já escutei na vida. Ele chegou ao mundo com uma circular de cordão no pescoço e no bracinho, que foi cuidadosamente desfeita com a ajuda da Quel e do meu marido. E assim, enrolado em toalhas, meu pequeno veio direto para meus braços, onde seguimos, ainda no carro, em nossa primeira Golden Hour, ouvindo Adele na playlist que, horas antes, eu escolhia com tanto carinho.

Na bolsa da maternidade, levava um pequeno terço, lembrança do batizado da minha sobrinha. Quando a Quel o colocou nas mãozinhas do Augusto e ele o segurou com tanta força, entendi que nada daquilo foi por acaso. Tudo estava exatamente como tinha que ser. E mais especial impossível: Augusto nasceu na véspera da Sexta-feira Santa. ✨

Chegando na maternidade, já bastante fraca, com a pressão muito baixa, fui recebida com muito acolhimento. O médico até me ofereceu cortar o cordão, mas eu não tinha forças para segurar a tesoura. Então ele fez isso por nós, encerrando aquele elo físico, mas selando para sempre nossa conexão eterna.

Augusto chegou ao mundo com 48 cm e 2.932 kg de puro amor.

Minha eterna gratidão a Deus, ao meu marido Tiago, que foi companheiro, paciente, forte e amoroso em cada segundo. À equipe 9 Luas, que foi perfeita, sensível, humana, carinhosa. E também à Maternidade Curitiba, que nos acolheu com tanto respeito e cuidado.

Toda mulher merece viver um parto assim: cercada de amor, respeito, segurança e acolhimento. Porque esse não é só o nascimento de um filho. É também o nascimento de uma mãe. ❤️

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